O Ministério da
Educação enviará vídeo sobre meio ambiente às escolas públicas do país. A
proposta da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e
Inclusão (Secadi) do MEC é levar professores e estudantes a discutir as
questões que serão abordadas, em junho, na Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Estarão em pauta temas como economia
verde, governança, leis ambientais e a história da luta pela preservação do
meio ambiente no planeta.“A política do MEC não é propor a criação de uma
disciplina nas escolas, mas que a educação ambiental seja um tema transversal;
ou seja, não apenas um assunto a ser tratado no Dia da Árvore ou na Semana do
Meio Ambiente”, diz o coordenador de educação ambiental da Secadi, José Vicente
de Freitas. “O que o MEC propõe, e oferece suporte, por meio de metodologia,
material didático e recursos, é que as escolas desenvolvam ações permanentes e
continuadas para que os alunos desenvolvam a consciência ambiental.”
Estimuladas
pela iminência do encontro sobre desenvolvimento sustentável, instituições de
ensino da rede pública buscam meios teóricos e práticos para aumentar o espaço
para discussão ambiental em sala de aula e integrar a comunidade externa ao
debate. A coordenadora pedagógica Solange Lacorte investe na abordagem de
questões ambientais desde 2009 na escola municipal em que trabalha. Em outra
escola pública, o coordenador pedagógico Fabrício Macedo planeja ações de
conscientização acerca do lixo gerado dentro e fora da escola para 2012. As
duas iniciativas são exemplos de inserção da discussão ambiental no âmbito
escolar.
Em ano de Rio+20, a preocupação com meio
ambiente, saúde e inclusão social ganha mais força nas escolas. Com o objetivo
de trabalhar essas temáticas em sala de aula, os professores buscam dialogar
entre si, trocar experiências e incorporar maior reflexão teórica sobre o
assunto. Essa demanda ficou evidente no debate ocorrido na semana passada
(12/03) durante a palestra ‘Saúde, ambiente e sustentabilidade: perspectivas
para a Rio+20’. Promovida pelo Museu da Vida, da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), a palestra foi a primeira dos ’Encontros
de educação, ciências e saúde’, que acontecerão mensalmente até o fim
do ano.
A qestão
social se coloca como um entrave ao debate ambiental dentro das escolas
públicas
Nas perguntas levantadas pela plateia –
formada, em sua maioria, por coordenadores pedagógicos – foi possível perceber
que a questão social se coloca como um entrave ao debate ambiental dentro das
escolas públicas. Como o professor pode se apropriar de questões ambientais na
prática de ensino se o ambiente escolar não oferece condições adequadas de
trabalho nem proporciona bem-estar aos alunos? Como trabalhar em conjunto com
as comunidades que vivem no entorno da escola.Uma iniciativa que serve como
exemplo para superar esses obstáculos teve início há três anos, quando Solange
Lacorte inseriu, no projeto político pedagógico da Escola Municipal Professora
Maria de Cerqueira e Silva, no Rio de Janeiro, a interação com a comunidade de
Manguinhos como meta para o corpo docente. “Em 2009, reuni os professores e
fizemos um passeio para conhecer a comunidade”, contou a coordenadora. “Foi
impactante. Uma das professoras nos disse que finalmente entendeu por que o
caderno de um aluno vivia cheio de barro”. Outra questão levantada
no debate diz respeito ao espaço
de participação para alunos e professores na Rio+20. Uma das sugestões
apresentadas foi a preparação de
atividades que possam ser
levadas à Cúpula dos Povos, evento
paralelo à Rio+20
organizado pela sociedade
civil e que terá
participação aberta do público.
Fonte de pesquisa: http://cienciahoje.uol.com.br
Fonte de pesquisa: http://cienciahoje.uol.com.br
http://revistaescola.abril.com.br
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